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Atlas

“Para onde nos atrai o azul?”

Sabrina Parracho Sant’Anna

“Para onde nos atrai o azul?”

“Para onde nos atrai o azul?”, perguntava-se o narrador de Guimarães Rosa antes de calar-se diante da teoria da alma elaborada por Zito no quarto prefácio de Tutaméia. Elegi para este painel, a cor que habita os tetos das igrejas de Mestre Ataíde, mas também o céu contrastante na terra vermelha do ferro mineiro e a azulejaria de Portinari na Igreja da Pampulha. Não há apenas um, mas muitos páthos na arte contemporânea mineira. A tela sem moldura de Lygia Clark. A busca de Ana Pi pela ancestralidade africana no cosmopolitismo da dança contemporânea. O barroco perverso de Farnese de Andrade e Eder Santos. O azul é um convite para aproximações e afastamentos, continuidades e rupturas, memórias e matérias.

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