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A voz lírica em Juiz de Fora: entre a natureza e o asfalto

Eduardo Coelho

A voz lírica em Juiz de Fora: entre a natureza e o asfalto

Juiz de Fora: poema lírico, de Austen Amaro, foi publicado em 1926, com ilustrações de Pedro Nava, tornando-se o primeiro livro do modernismo mineiro. Nessa obra, manifesta-se o caráter “primitivo” da realidade brasileira, com suas paisagens formadas de “avencas”, “jenipapeiros” e “bananeiras”, entre outros índices da natureza que se misturam à vida moderna, industrial, composta de “sirenes”, “fábricas”, “operários” e “chaminés”. No poema “Ex-libris” desse volume, o sujeito declara: “Eu canto a poesia da bigorna/ com a rigidez enérgica do bíceps!”, de modo a compor, mediante a energia do corpo, uma poética que se lança subjetivamente ao “asfalto que ressoa ao trepidar cosmopolita do capitalismo” em meio a uma “terra generosa”. Pretende-se analisar como a voz “lírica”, evocada já no subtítulo, participa da construção da cena que compreende, ao mesmo tempo, a singularidade local e o cosmopolitismo capitalista.

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